O caminho da luz: os COSMOS


Nelson Vilhena Glaflado
Coordenador do Grupo de Estudos Phisiom e autor do livro "Dimensionalis - Preparação para a Grande Revelação" da Wanel Editora - Tel.: 11 3271 0838/9129 3872. - E-mail: phisiom@uol.com.br

Devemos às vibrações e emissões resultantes de todas as atividades de uma partícula, de um corpo, de qualquer estrutura ou sistema existente, o modo de percebermos as informações que nos são enviadas. Nossos sensores e sistemas oscilantes recebem estas informações que são decodificados para uma linguagem própria para serem por nós compreendidas.

Por exemplo, ondas eletromagnéticas de uma faixa especifica, chegam à retina e aí encontram células fotossensíveis que estimuladas por essas ondas, ficam excitadas. Estas células passam a fazer disparas de pulsos de potenciais elétricos de ritmos e intensidades que variam em função da cor da onda incidente na retina. Esses sinais elétricos percorrem o nervo óptico até uma região do cérebro onde vão ser decodificados, resultando a sensação de imagem informada pela radiação incidente.

Numa escala física astronômica, estruturas envolvendo planetas, sóis, sistemas, gases siderais, aglomerados estelares, galáxias, sistemas galácticos, universos, sistemas de universos etc, também irradiam ondas, não só no espectro eletromagnético, mas também, provavelmente, em outras classes de emissões, talvez até de naturezas ainda desconhecidas.

Na abordagem astronômica que intentamos fazer, consideramos alguns padrões de comparação para servir de referencial ao nosso intelecto limitado pelos condicionamentos e aprendizados recebidos na nossa cultura planetária.

Para isso, os dados astronômicos utilizados serão proporcionalmente reduzidos, tomando como referência o nosso Sol, que na escala escolhida inicialmente, terá um diâmetro de 10 centímetros.

Com esse padrão, o planeta Terra teria um diâmetro menor do que a cabeça de um alfinete - menor do que 1 mm - e estaria localizado a cerca de 11 metros do Sol. É como se o Sol fosse uma laranja no centro de um campo de futebol a Terra um pequeno grão de areia na linha da circunferência do grande círculo. Nessa escala, Júpiter teria o tamanho de uma bolinha de gude e estaria a 60 metros do Sol – aproximadamente no meio do gol - e Plutão, que é menor do que a Terra, estaria cerca de meio quilômetro.

Assim, nessa escala, o nosso sistema solar, onde todos os membros se encontram aproximadamente em um plano, estaria espalhado em distâncias enormes e seus planetas "sumiriam" tendo em vista seus tamanhos reduzidos. Considerando que família solar é constituída de planetas, satélites, asteróides, cometas, gases, poeira cósmica e eventualmente outros planetas ainda não descobertos, podemos supor que o sistema da família solar teria um diâmetro de até cinco quilômetros, adicionando, portanto, dois mil metros de raio após a órbita de Plutão. Nessa escala, a efetiva influência gravitacional do nosso Sol laranja poderia se estender até 5 km de distância, em todas as direções, entretanto, nessa distância, a intensidade do campo gravitacional do Sol seria muitíssimo pequena.

Vamos refletir sobre a imagem apresentada. Imaginemos, numa planície de grandes dimensões, uma laranja extremamente brilhante - o Sol. Girando ao redor dela em distâncias diferentes, poeira - asteróides -, minúsculas pedras menores do que um milímetro - planetas e satélites -, algumas pequenas esferinhas do tamanho de pérolas - outros planetas maiores -, uma bolinha de gude - Júpiter - etc, todos no mesmo plano.

Nó minúsculo "grãozinho Terra", que não dá para ser percebido, pois tem um tamanho muito reduzido, há em sua superfície uma quantidade muito grande de espécies diferentes, entre as quais, uma delas - que não é a mais numerosa - com mais de seis e meio bilhões de "micróbios" que insistem em se dividir em facções e dizer que o seu deus é melhor do que o outro, que seu povo é o escolhido, que sua religião é a que salva, que não convém provocar seu deus, pois este pode mostrar sua ira e punir e castigar quem não obedecer aos livros que eles consideram sagrados, enviando os infiéis eternamente ao fogo do inferno e outros contra-sensos mais. Além disso, esses micro-organismos se rotulam, se dividem em castas, grupos, partidos, seitas, sindicatos, clubes, e se armam, se matam, se odeiam, se polarizam e fazem guerras! E chegam ao cúmulo de dizer que o fazem em nome de Cristo, de Alah, de Jeová! Esses "serezinhos" afirmam que nos outros planetas-grãozinhos, não podem existir micróbios, pois eles próprios são a criação
única. Eles sabem que existem miríades de outras estrelas-laranjas, a distâncias de 2500 km e maiores, mas haver micróbios pensantes em outros grãos, jamais! Principalmente os que viajam visitando de sol para sol, de estrela para estrela. Isso não é possível!

Será que o Pai Criador, infinitamente Misericordioso, é de fato infinitamente Misericordioso, ou seria assim tão limitado, vingativo, preconceituoso e mesquinho como consideram esses micróbios da Terra-grão? Ou não serão os próprios microorganismos terráqueos que adotaram, criaram e adjetivaram um ou mais deuses com todos os defeitos, qualidades e atributos do próprio homem?

Mas até agora nós só descrevemos o sistema solar. Há muito, muitíssimo mais. Para fazer companhia ao nosso "Sol-laranja", há uma infinidade de outros sóis, estrelas-laranjas, que povoam o firmamento. Nesta escala, alfa da Constelação de Centauro, a estrela mais próxima nessa planície em que está a família solar, estaria aproximadamente a 2500 quilômetros! Pasmem, mas é isso mesmo: 2500 km! A estrela Vega, da constelação de Lira a cerca de 25000 km e Capela, da constelação do Cocheiro, a pouco mais de 48000 km!

Façamos agora uma viagem de automóvel, na escala real, por essa planície, percorrendo 2500 km indo de uma "laranja" até outra e tentemos encontrar poeiras, pedrinhas, pérolas, bolinhas de gude, que são corpos de famílias solares. Não daria para encontrar nada! O sistema solar é vazio, o espaço entre o Sol e alfa-Centauro é vazio e a "Terra-grão de areia" desprezível! Acontece que a nossa galáxia tem cerca de 200 ou 300 - ou mais - bilhões de estrelas com seus eventuais sistemas planetários, poeira, gases, satélites, cometas e asteróides, buracos negros, anãs brancas, estrelas de nêutrons, matéria escura e, provavelmente, outras estruturas que ainda não conhecemos.

Como ficaria nessa escala, a Terra e seus "habitantes-micróbios"? Mas o Universo conhecido por nós até agora, tem mais de 100 bilhões de galáxias e as distâncias entre ela$ valores que fogem totalmente da nossa compreensão. São bilhões de anos luz, que mesmo considerando a escala do "Sol-laranja" seriam distâncias impressionantes. E se a nossa escala diminuísse para o Sol ficar do tamanho de um grão de poeira, os corpos siderais continuariam a estar a distâncias inconcebíveis para o nosso pequeno e limitado cérebro físico.

A abordagem referida foi intencionada para causar impacto no sentido de entendermos o quanto somos egocêntricos, tendenciosos e preconceituosos. É preciso que aceitemos que toda essa realidade, perceptível pelos sentidos do homem terreno, é parcela ínfima da criação manifesta do Pai. E que as rotulações, simbologias, instituições, apegos, bandeiras e tudo o mais que existe na Terra devem ser encarados como limites a serem superados, pois, na realidade, separam, agridem, restringem, conflitam, diminuem e, sobretudo, não nos permitem perceber que para sermos cidadãos cósmicos, precisamos nos libertar, conhecendo cada vez mais Verdades maiores.

Tudo isso foi idealizado e produzido por uma Energia, por um Criador Absoluto, por uma Inteligência Suprema e hoje é repleto de vida. Tudo, absolutamente tudo que existe, inclusive as estruturas vibratórias cósmicas que administram complexidades tão grandes, estão imersos no seio da própria Inteligência que idealizou essa obra. Assim, o Criador, a quem chamamos de Deus, ao se manifestar, gerou em Si mesmo todas as leis que regem os sistemas, processos e estruturas energéticas, vibratórias e oscilantes. Portanto, o Universo como o conhecemos, faz parte de Deus Manifestado e então toda e qualquer tentativa de explicarmos Deus, será querer dar a Ele atributos e adjetivos delimitantes, específicos da atual mente cerebral do homem.

A criação é infinita, mas o Criador é infinitamente incomensurável; a criação é cognoscível, mas o Criador é incognoscível; a criação é relativa, mas o Criador é Absoluto.

Ser Absoluto abrange toda criação manifestada e não-manifestada, temporal e atemporal, energética e material, em infinitas possibilidades multidimensionais e freqüências, perceptíveis ou não e, desse modo, qualquer tentativa de comparação ou de qualificação usando critérios, por mais ousados que porventura sejam, simplesmente são limitantes e não condizem com a infinita magnitude do Pai.

Poderíamos dizer que se fomos feitos à Sua imagem e semelhança, então teríamos condições potenciais de qualificá-Lo de acordo com nossos conceitos. No entanto, termos sidos criados à Sua imagem e semelhança significam que potencialmente teremos um dia a possibilidade de nos tornarmos Uno com o Absoluto e então sermos co-criadores e vibrarmos numa sintonia de perfeição, mas por hora, não nos é lícito adjetivá-Lo com nossas limitadas percepções, visto que não foi Ele criado à nossa imagem e semelhança e sim o contrário.

Na escala do "Sol-laranja", o tamanho do homem na "Terra-grão de areia" se tornou tendente a zero. Mas já foi dito que o homem foi feito a Sua imagem e semelhança. Como pode ser isto?

A centelha divina que habita a essência do homem, pelo próprio fato de ter saído do Pai, potencialmente tem condições de levar o espírito, morada dessa centelha, a gradativamente subir na escala evolutiva e ascender à Luz. Para isso, é preciso que o homem, instrumento do espírito, comece a compreender sua real condição de atual primitivismo vibratório e tenha em mente que, no estágio em que se encontra, um bom começo é se reformar intimamente. Nesse caminho eterno e infinito, a individualidade subirá na escala evolutiva. Este é o único determinismo absoluto que existe.

Todas as estruturas existenciais são formas diferentes de manifestação de matéria ou de energia. Assim, as densidades e condensação da energia e da matéria primordial e as freqüências das vibrações dessas estruturas seriam as grandezas responsáveis pelas diferentes formas de manifestação dos vários tipos de matéria e energia.

Extrapolando, diríamos que o modo de compactação da energia primordial também seria a causa da diferenciação na energia ou na matéria, em todo espaço infinito, derivando daí estruturas de comportamentos diversos, como por exemplo, variedade de manifestação e de dimensões, outros valores das constantes físicas, implicando daí a existência de Universos com características diversas, linhas de evolução da vida diversificadas, outras leis das ciências etc.

Dentro dos contextos apresentados, um Universo finito deixa de ter existência provável e só nos resta afirmar que o Universo atualmente por nós conhecido é somente um pálido vislumbre dos infinitos outros Universos localizados a distâncias inimagináveis.

Considerando que o Universo conhecido tenha, por exemplo, um diâmetro de 50 bilhões de anos-luz, como sendo uma infinitesimal fração da Criação ainda por ser revelada, podemos associá-lo a uma esfera, como se fosse uma bola de golfe. Um outro Universo eventualmente com as mesmas, ou outras características físicas, poderia estar, por exemplo, a distância da ordem de 1 trilhão - ou mais - de anos luz do nosso Universo.

Assim, talvez pudesse ocorrer a possibilidade de existirem galáxias de Universos, e Universos de galáxias de Universos, e assim infinitamente. Para o Pai todas as realidades possíveis são inserções em Seu aspecto manifestado. Ficaríamos mais perplexos e extasiados se Procurássemos entender que há ainda a Sua parte não manifesta.

Devido a essa limitada capacidade de entender Deus - o melhor seria dizer de não entender -, o homem, pela sua ignorância e seqüelas oriundas de todo um passado equivocado, utiliza suas próprias limitações e pequenez para transferir ao Pai, adjetivos que lhe são próprios. Certamente o Pai, é infinitamente Misericordioso e Amoroso e não apresenta alguns adjetivos fartamente mencionados em alguns livros sagrados e divulgações de instituições onde Lhe são imputados termos tais como vingativo, irado, fiel etc, oriundos de uma visão restrita e distorcida de realidades maiores e percebidas de forma limitada pelo primitivismo atual.

A infinitude e a elevação das conceituações de Deus sob Seus dois aspectos Manifesto e Não-Manifesto - atingem graus de profundidade que não podem ainda ser aquilatados pelo homem terreno no seu atual estágio de desenvolvimento espiritual. Durante os momentos em que são feitos cerimoniais, orações e meditações com certo nível de envolvimento, o ser humano mais sensitivo atinge alturas com percepções e sensações que o deixam em estados de êxtases "nirvânicos", tamanha é a Luz recebida a partir de certos marcos vibratórios. Outros, só pelo fato de pensarem filosoficamente na Criação, chegam a níveis de sensações avassaladoras. Mas Deus é ainda muito, muito mais!

E nós que, por ousadia, estamos tentando penetrar nos conceitos de Absoluto e Eterno referentes ao Pai, certamente, conseguimos apenas tangenciar algum tênue aspecto da imensa grandiosidade do Criador. Pedimos perdão por parecermos presunçosos, pois estes são atributos da Deidade, de Deus, do Pai Amantíssimo, como nos ensinou o Mestre, Nosso Senhor Jesus, o Cristo. E mesmo esse nosso Mestre falava do Pai com doçura e reverência totais.

Pretendemos que o material apresentado nessa obra, sirva para as reflexões pessoais e de grupos de estudos que visam a compreensão dos mecanismos da vida que levem ao crescimento evolucional. Até mesmo aqueles que não se interessam e apenas esbarram na superficialidade dos fatos ou os que consideram os temas tratados como tolices nutridas por sonhadores, serão envolvidos num Muro breve a esses aspectos de uma realidade maior.

Temos ciência, desde o começo, que jamais as palavras humanas conseguirão, de forma completa, ser fonte das verdades universais, entretanto, estimulados pelo carinho da ajuda fraterna e da intenção de transmitir a mensagem celeste do Mestre, nos pusemos à disposição das Forças do Bem para executar esta tarefa de esclarecimento.

Não saberíamos avaliar se o conseguimos, mas mantemos a consciência tranqüila no sentido termos combatido o bom combate e cumprido parte da tarefa almejada. Aguardemos, portanto que os ventos de novas revelações nos atinjam com a chegada breve do Mestre e de Seus assessores. Será em breve. É esperar para ver.

Notas: (Texto extraído do Jornal Vimana, nº4 – pgs 14 e 15)

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