A canção vital do grande espírito


(Respeitando o Mistério do Ser – Aqui e Lá, Lá e Aqui!) Ó, Grande Espírito, Pai Primeiro de todos nós! Você criou o Céu, a Terra e o Homem. As estrelas, os mundos e a humanidade são irmãos. A vida flui do centro do seu Ser. É o Seu Pensamento que sustenta as miríades de sóis no espaço infinito. É o Seu Sentimento que anima todos os corações. É o Seu Sopro Vital que respiramos... Vivemos em Sua Luz. É o Seu Brilho que vemos refletido no olhar de quem amamos. Sabemos que nossas canções são ecos de Sua Grande Canção Vital. Nossos filhos são Seus filhos. E nós e nossos ancestrais, também! Quando a terra treme e os ventos fortes levantam as águas, os homens gemem de medo. Os seus corações estão ressecados, por isso eles tanto temem. Porém, nós honramos a Você, Pai primeiro de todos nós!

Pois sabemos que há um propósito maior em Seus Desígnios. Há muito tempo que escutamos Sua Grande Canção Vital, em nossos corações. Por isso, sabemos que o espírito voa para fora da carne no momento final. Ó, Grande Ser, sabemos que a morte do corpo não destrói o filho de Sua Luz! Compreendemos que o Seu Grande Mistério continua em outros planos da vida. Então, honramos aos espíritos que partem, em Seu Nome. Assim como honramos aos que chegam para mais uma existência entre nós, Oramos pelos que partem e pelos que chegam, sempre respeitando o Seu mistério em cada ser. Aprendemos isso apenas prestando atenção no Seu Brilho, refletido no olhar de quem amamos. Nossos pais nos ensinaram e, por sua vez, nós ensinamos aos nossos filhos. Respeitamos a todos os seres, da Terra e do Espaço, homens e espíritos. Respeitando a existência dos outros, nós honramos a Você, que é o poder em cada ser. Não tememos a morte, porque não tememos a vida! Respeitamos o Seu Mistério e compreendemos o nosso papel na existência. Viemos viver no mundo por Seus Desígnios. Vivendo e respeitando a todos, honramos a Você, nosso Pai Primeiro, Senhor da vida. Valorizamos a vida, porque vemos Você em cada coisa. Por isso, não tememos a morte. Sabemos que é Você mesmo em cada espírito, em outros planos, além, também cheios de vida... É Você, aqui. É Você, lá. É Você, em tudo!* P.S.: Que os espíritos que partem – e os que chegam –, sejam honrados, não com choro e desespero, mas com respeito e consciência. Que, em lugar de cair nas valas da dor, os pensamentos se elevem em prece ao Grande Espírito, pelo bem de todos**. (Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Jundiaí, 13 de maio de 2008.)*** Paz e Luz. - Notas de Wagner Borges: * Esses escritos me foram passados espiritualmente por duas entidades ligadas às vibrações da natureza e da espiritualidade dos povos indígenas. São dois xamãs extrafísicos. Um deles é um ancião e tem uma expressão serena e cheia daquela atmosfera da sabedoria xamânica. O outro é mais moço, com aparência de um homem de cerca de trinta e cinco anos, cheio de vitalidade e alegria. É discípulo do mais velho. Ambos me pediram discrição quanto a detalhes pessoais deles. Segundo eles, suas personalidades não são importantes. E a sabedoria vem do Grande Espírito, o Grande Xamã de todas as tribos e o Verdadeiro Poder que mora dentro dos corações. ** Enquanto os homens estiverem presos apenas aos parâmetros limitados dos cinco sentidos do corpo físico, continuarão a não valorizar o dom da vida e a chorar seus mortos como perdas definitivas. Terremotos e vendavais causam muitos estragos e vários problemas correlacionados à destruição física. Porém, há outras tragédias correlacionadas, dentro do próprio homem, igualmente destrutivas. Há terremotos de dúvidas abalando os alicerces da fé dentro dos corações. Há vendavais de raiva e de ignorância açoitando o equilíbrio interno. E há maremotos de medo e de angústia arrasando o discernimento de muita gente. Sim, é o vazio existencial, dentro do próprio homem, o causador da grande tragédia: não valorizar o dom da vida e nem ver o Grande Espírito em tudo. Quem escuta a Grande Canção, sabe que a consciência espiritual é imperecível; não nasce nem morre, apenas entra e sai dos corpos perecíveis. Viva a vida, em todos os planos de manifestação! O Todo está em tudo! E a vida segue... aqui e lá, lá e aqui, como deve ser... *** Enquanto passava essas linhas a limpo, lembrei-me de um outro texto que recebi de um xamã extrafísico. Devido à sua ressonância com as idéias contidas aqui, estou reproduzindo-o na seqüência. FILHOS DE MANITU Certa vez, Águia Dourada, o homem da magia, reuniu toda tribo e ensinou a arte do vôo da vida. Disse ele: "O corpo do homem pertence à terra. Mas seu espírito é filho do vento. Seus sentimentos se assemelham ao movimento das águas. O brilho de seus olhos é o fogo de seus objetivos. O Grande Espírito deu-lhe a eterna força vital. Por isso, nem a morte ou ser algum pode danificá-lo. Seja pelas asas do sono ou pela ação da morte, o corpo fica passivo. Mas o espírito segue com o vento, além das montanhas. São as viagens à casa de Manitu, além das estrelas, nas pradarias do céu. Ouçam, meus irmãos: que seus corpos honrem a terra, mãe da humanidade. Que seus sentimentos bons tenham a profundidade e a vastidão dos oceanos. Que o fogo de seus objetivos nunca se apague. Que a força do irmão vento possa impulsioná-los às terras extrafísicas. O tempo passará e muitas coisas acontecerão à frente, mas ninguém conseguirá apagar a luz do Grande Espírito. Nenhuma força do universo pode alterar os desígnios de Manitu. Olhem dentro do próprio coração e não temam o mal. Nossos corpos voltarão à terra, mas nossos espíritos irão à casa de Manitu. Mas um dia voltaremos com novos corpos e expressões diferentes. Os próprios homens brancos nos receberão como parentes reencarnados. Outros receberão nossas forças espirituais em seus trabalhos; serão herdeiros de nossas tradições. Viveremos sempre, meus irmãos! Este é o dom que Manitu nos deu: somos imortais! Nenhum canhão despedaçará nossos espíritos. Ouçam o uivo do coiote transportado pelo vento do deserto. Nossas crianças ficam com medo, mas nós, os homens adultos, sabemos que é apenas o uivo do coiote. Esta também é a diferença entre o tolo e o sábio. O primeiro se assusta fácil com as dificuldades. O segundo sabe que são só provas do caminho, uivos da vida, mesmo. Voltaremos, meus irmãos, como irmãos, filhos de Manitu. E esses homens de amanhã portarão nossa mensagem. Serão os Águias-Douradas do futuro. Seus corpos continuarão sendo da terra, mas seus espíritos voarão com o vento, pois é esse o desígnio de Manitu." O tempo passou... E estamos vivos! Canalizamos as forças da natureza para os bons trabalhos espirituais dos homens de todas as raças. Somos irmãos. E essa é nossa missão, pois são os desígnios de Manitu. - Black-white Snow** - (Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Texto extraído do livro “Falando de Espiritualidade” – Editora Pensamento - 2002). - Notas: * Manitu: designação que os índios algonquinos, da América do Norte, dão a uma força mágica não personificada, mas inerente a todas às coisas, pessoas, fenômenos naturais e atividades. Ou seja, O Grande Espírito. ** Black-White Snow – do inglês – “neve branca e preta”. Esse é o nome indígena do xamã extrafísico que me passou esses escritos.

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